Veja o que considerar e se vale a pena investir em tecnologia inovadora

O sonho da casa própria é um objetivo que permeia a vida de muitos brasileiros, que se dedicam a economizar e buscar financiamentos para alcançar essa meta. Porém, ao obter as chaves de sua residência, muitos se veem tentados a ampliar seus horizontes e partir para a compra de novos imóveis. Essa busca não é apenas por mais espaço, mas pela possibilidade de gerar renda através de locação. Portanto, a crescente pergunta é: vale a pena investir em imóveis? Quanto realmente rende esse tipo de investimento? E o que pensam as pessoas que já trilharam esse caminho?

Para responder a esses questionamentos, é essencial compreender o que envolve o mercado imobiliário e como ele se compara a outras formas de investimento. Uma forma muito utilizada para avaliar o retorno de um investimento em imóveis é a rentabilidade do aluguel, que representa o percentual de rendimento obtido com o aluguel em relação ao valor do imóvel. Este indicador, conforme os dados divulgados pelo FipeZap, apresentou uma rentabilidade de 6,01% no acumulado de 2024.

Esse percentual, embora significativo, deve ser analisado em conjunto com outros indicadores de rentabilidade, como o CDI, que ficou em 10,88%, e a inflação medida pelo IPCA, que encerrou o ano em 4,83%. Portanto, embora a rentabilidade do aluguel tenha aumentado, ela ainda fica aquém do desempenho do CDI, mas supera a inflação, o que é um ponto relevante para os investidores.

Além do mais, a compra de um imóvel não é a única forma de se envolver com o mercado imobiliário. Os fundos imobiliários (FIIs) têm ganhado destaque nos últimos anos, possibilitando que os investidores adquiram frações de empreendimentos e recebam aluguéis proporcionais. Em 2024, o retorno com dividendos do Ifix, o índice dos fundos imobiliários, foi de 11,98%, um número que certamente chama atenção.

Vale a pena investir em imóveis? Como compor a carteira?

Para determinar a viabilidade do investimento em imóveis, é importante considerar não apenas os números, mas também os objetivos pessoais de cada investidor. Para muitos, a segurança proporcionada pelo que é comumente conhecido como “dinheiro de tijolo” é um fator que compensa rendimentos menores no curto prazo. Contudo, a recomendação mais valiosa dos especialistas é diversificar a carteira de investimentos.

Investir em imóveis deve ser encarado como parte integrante de uma carteira de investimentos, que pode incluir tanto a renda fixa quanto a renda variável. Uma estratégia de diversificação ajuda a minimizar riscos, como o risco de vacância, por exemplo.

Além dos imóveis físicos, outra alternativa interessante são os fundos imobiliários, que contam com uma gestão especializada na escolha dos ativos. Essa modalidade se destaca também pela maior liquidez, permitindo que os investidores realizem retiradas com mais agilidade em comparação à venda de um imóvel físico.

Entretanto, é fundamental analisar os fundos de forma criteriosa, avaliando suas condições e verificando se eles se encaixam no perfil do investidor, sem esquecer que o mercado de FIIs pode apresentar certa volatilidade, embora o horizonte de longo prazo seja geralmente promissor.

Além disso, as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) surgem como uma excelente alternativa de investimento, em grande parte por serem isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. Ao optar por LCIs, o investidor atua no sentido inverso, emprestando recursos que os bancos, como a Caixa Econômica Federal, utilizarão para conceder financiamentos imobiliários.

Outro fator a ser considerado na hora de investir em imóveis é a escolha do bem. Uma dica importante é prevenir-se contra a vacância, ou seja, a falta de inquilinos. Geralmente, imóveis localizados em regiões centrais, com fácil acesso a transporte público e serviços, tendem a ter uma rotatividade menor e, consequentemente, garantir uma maior frequência de renda.

Qual é o cenário para investir em imóveis neste momento?

Atualmente, o cenário do mercado imobiliário apresenta desafios e oportunidades. O acesso ao crédito imobiliário tornou-se mais restrito, com os juros em alta e o custo de vida aumentando. Esses fatores aumentam o encarecimento dos financiamentos e, por consequência, limitam a capacidade de aquisição dos brasileiros.

Por outro lado, esse cenário apresenta uma boa oportunidade para quem já possui um imóvel. O aumento na rentabilidade dos aluguéis – que chegou em 2024 a uma marca que não era observada desde 2011 – se deve, em parte, à dificuldade que muitos enfrentam para comprar um imóvel. Essa situação faz com que a demanda por aluguel aumente, elevando os preços para os inquilinos.

Além da rentabilidade dos aluguéis, observa-se um aumento no preço de venda dos imóveis. Segundo dados recentes, no último ano, os preços de vendas cresceram, em média, 8,17% em todo o Brasil. Os imóveis menores, especialmente os de até um dormitório, apresentaram um aumento ainda mais significativo, de 9,44%. Essa concentração na procura por imóveis menores é uma resposta direta à restrição de recursos disponíveis no mercado.

Veja o que considerar e se vale a pena

Quando se fala em investir em imóveis, é preciso refletir sobre diversos aspectos. Primeiramente, o ideal é definir seus objetivos de investimento. Você busca investir por segurança, rentabilidade ou valorizar seu patrimônio? Essas perguntas são fundamentais para entender qual é o seu interesse real no mercado imobiliário.

Além disso, a saúde financeira para suportar um investimento imobiliário é crucial. É importante considerar seus recursos e a capacidade de arcar com possíveis custos de manutenção ou períodos de vacância. Tais fatores podem impactar a sua rentabilidade.

Outro ponto a se avaliar é a localização do imóvel. Pesquisa, engajamento com o mercado local e conhecimentos sobre a valorização da região podem ser determinantes. Imóveis em áreas em desenvolvimento e com infraestrutura planejada geralmente tendem a apresentar melhores índices de valorização ao longo do tempo.

Por último, não se esqueça de que a gestão dos imóveis deve ser bem planejada. Se você optar por alugar, é fundamental estabelecer um relacionamento saudável com os inquilinos e manter o imóvel em boas condições para evitar surtos de vacância.

Perguntas frequentes

O que é rentabilidade do aluguel?
A rentabilidade do aluguel é o percentual que representa o rendimento obtido com o aluguel de um imóvel em relação ao seu valor total.

É possível investir em imóveis sem comprá-los?
Sim, através dos fundos imobiliários é possível ser investidor do mercado imobiliário sem a necessidade de comprar imóveis físicos.

Qual é o risco de investir em imóveis?
Os principais riscos incluem a vacância (períodos em que o imóvel fica desocupado) e os custos de manutenção.

O mercado imobiliário é uma boa opção em tempos de crise?
A resiliência do setor imobiliário pode proporcionar boas oportunidades, principalmente para quem já investe.

Como escolher o imóvel certo para investir?
É importante avaliar a localização, o potencial de valorização e a demanda na área.

Qual é a diferença entre comprar um imóvel e investir em fundos imobiliários?
Comprar um imóvel envolve a aquisição total do ativo, enquanto os fundos imobiliários permitem a compra de frações de imóveis e oferecem mais liquidez.

Conclusão

Investir em imóveis tem seus desafios e suas recompensas. Embora a rentabilidade do aluguel possa parecer inferior a outros investimentos, a segurança e a estabilidade que um imóvel oferece fazem dele uma opção atrativa. E com estratégias de diversificação e conhecimento do mercado, é possível maximizar as chances de retorno. Portanto, ao contemplar o investimento em imóveis, vale a pena levar em consideração tanto as análises financeiras quanto os objetivos pessoais. O sonho da casa própria pode se transformar em um sonho maior: um portfólio imobiliário bem-sucedido.