De acordo com uma pesquisa recente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 8 em cada 10 brasileiros estão endividados. Em meio a essa realidade, muitos podem precisar de ajuda profissional para organizar suas finanças. Mas a quem recorrer: a um Coach, como muitos que estão presentes nas redes sociais, ou a um planejador financeiro?
Wanessa Guimarães, planejadora financeira certificada CFP pela Planejar e sócia da HCI Invest, aponta que ambos os profissionais possuem habilidades úteis. No entanto, existem diferenças significativas em termos de certificações e foco de atuação que precisam ser consideradas.
Para que serve um planejador financeiro? Segundo Guimarães, o planejador financeiro é procurado quando se necessita de uma análise minuciosa da situação financeira, estratégias para alcançar objetivos específicos e recomendações detalhadas sobre investimentos, impostos e seguros.
O planejador financeiro é especializado na elaboração de um plano de ação técnico e estruturado, utilizando ferramentas para analisar a situação financeira do cliente e propor possíveis ações. Além disso, ele é responsável por tarefas como planejamento de investimentos e aposentadoria, consultoria tributária, gestão de patrimônio, sucessão e orientação em financiamentos e dívidas complexas.
Quem pode se tornar um planejador financeiro? Tanto planejadores financeiros quanto coaches passam por formações específicas. No entanto, a atividade de planejador financeiro é regulamentada, exigindo certificações e formações específicas para atuar profissionalmente.
Em relação às diferenças entre coach e planejador financeiro, o coach, cuja atividade se popularizou nos últimos anos, foca em acompanhar e treinar habilidades específicas do cliente. Já o planejador financeiro é mais técnico e estruturado, lidando com análises financeiras detalhadas e planejamento de longo prazo.
Enquanto os coaches não possuem certificações obrigatórias, os planejadores financeiros geralmente possuem credenciais reconhecidas, como CFP, CFA, entre outras. Um bom coach financeiro deve ter habilidades de comunicação, empatia e experiência em ajudar os clientes a superar desafios financeiros.
No caso de demandas que envolvam saúde mental, como traumas relacionados ao dinheiro, comportamentos compulsivos, problemas de saúde mental originados nas finanças e questões de terapia familiar, é fundamental ter a orientação de um profissional de saúde mental, caso o coach não possua essa formação específica.
Uma das editoras do blog “Dinheiro Esquecido”. Formada em Jornalismo pela UNIP e em Rádio e TV pela UNIMONTE, tenho paixão por desvendar os segredos das finanças e economia. Aqui, oferecemos insights valiosos e dicas práticas para ajudar nossos leitores a gerenciar melhor seu dinheiro. Estamos comprometidos em tornar o mundo financeiro mais acessível e compreensível para todos.