Pix, Drex, tokens e criptos estarão todos na sua carteira digital

Você termina o almoço e, ao pedir para fechar a conta, a preocupação surge: o aplicativo do banco indica que o cheque especial está perto de ser ativado, e o cartão de crédito já estourou o orçamento do mês. A solução parece simples: abrir a carteira digital e lembrar que possui um Tesouro Direto com resgate imediato via token. Essa opção se torna a melhor escolha para essa situação inesperada.

Após a rápida transação, você se dirige a uma concessionária, onde havia agendado a troca do seu veículo seminovo por um zero quilômetro. Ainda sob a sensação de alívio por ter conseguido resolver a questão financeira, fecha o negócio de forma rápida e sem complicações, utilizando o Drex, a moeda digital que promete transformar a forma como realizamos pagamentos. Não apenas isso, essa facilidade de pagar instantaneamente elimina horas de burocracia e a necessidade de uma visita ao cartório.

A Revolução dos Meios de Pagamento no Brasil

Esses casos ilustram algumas das facilidades que estão se tornando rotina para muitos brasileiros, um sinal claro de que a inovação financeira está se expandindo rapidamente no país. Conforme indica Bruno Balduccini, sócio do renomado escritório de advocacia Pinheiro Neto e uma das maiores autoridades em inovação financeira no Brasil, estamos apenas começando a ver as consequências das novas tecnologias.

Em suas palavras, a próxima grande onda de inovação financeira no Brasil, após a revolução trazida pelo Pix, envolve uma ampliação significativa dos meios de pagamentos. “Aos poucos, será possível realizar pagamentos sem a necessidade de dinheiro tradicional”, compartilha Balduccini. Essa transformação abre portas para uma nova era financeira, onde ativos que antes não eram considerados meios de pagamento poderão ser utilizados como tal.

Token, um ‘escambo’ regulamentado

Na busca por um entendimento mais profundo sobre essa nova realidade, Balduccini menciona a possibilidade de tokenização de recebíveis de diversos ativos, como por exemplo, contratos e até mesmo produtos agrícolas. Essa ideia é fascinante: imagine poder usar um recebível de um contrato de soja para pagar um café. Isso exemplifica perfeitamente a transformação que os tokens podem trazer ao nosso cotidiano.

Mas como essa mudança se concretizará? O especialista destaca que o principal impulso para essa nova onda deve vir da conclusão da consulta pública do Banco Central (BC), que visa regulamentar a prestação de serviços de ativos virtuais. Essa regulamentação, prevista para ser implementada em 2025, promete trazer mais segurança e definir claramente os limites para o uso dessas novas tecnologias.

Pix global parcelado?

Ainda em relação aos avanços dos meios de pagamentos, o Drex se destaca como uma das inovações mais promissoras que está em fase de testes e deve alavancar o mercado até 2025. Além disso, instituições financeiras estão desenvolvendo formas de utilização de tokens, o que pode revolucionar ainda mais o cenário financeiro.

Embora o uso massificado dessas novas tecnologias dependa de mudanças em legislações e regulamentações, já observamos iniciativas isoladas que estão permitindo que brasileiros realizem transações em territórios desconhecidos anteriormente, como as compras no exterior utilizando Pix. Brasil, Argentina e Paraguai são alguns dos países que já estão começando a trilhar esse novo caminho.

Após o boom das fintechs, BC fecha a porta; algumas vão desaparecer

A efervescência do setor financeiro digital não é um fenômeno que permanece estável. Balduccini alerta que, após anos de crescimento acelerado, as fintechs no Brasil estão entrando em uma fase de consolidação. Esse movimento é, em parte, reflexo do cenário econômico adverso que o país enfrenta, com inflação e juros elevados, dificultando o desenvolvimento de negócios de risco, como os bancos digitais.

O Banco Central, atento aos movimentos do mercado, implantou novas regulações e métodos de fiscalização, um esforço essencial para garantir a integridade do sistema financeiro e proteger os consumidores. Como resultado, algumas fintechs poderão fechar suas portas, enquanto outras podem ser absorvidas por instituições maiores. Essa etapa de maturação é crucial para a evolução do setor e exige adaptação e inovação contínuas.

Pix, Drex, Tokens e Cripto estarão todos na sua carteira digital

A transformação dos meios de pagamento está cada vez mais perto de se consolidar no cotidiano das pessoas. Uma combinação de tecnologias, como o Pix, o Drex e a utilização de tokens, converge para uma experiência financeira mais integrada e digital. É fundamental que os brasileiros se preparem para essa nova era financeira que promete alterar profundamente a forma como lidamos com dinheiro.

Com a popularização do uso de carteiras digitais, será possível armazenar diferentes ativos e realizar transações de forma rápida, segura e descomplicada. Os tokens representarão não apenas a monetização de produtos, mas também a versatilidade e a democratização do acesso a novos métodos de pagamento que irão facilitar nosso dia a dia.

Dentro desse contexto, cada um de nós poderá, em breve, utilizar uma gama diversificada de meios de pagamento com total facilidade. Isso não significa apenas uma inovação tecnológica, mas também a oportunidade de elevar nossa experiência financeira, democratizando o acesso a serviços que antes eram restritos.

Perguntas frequentes

Qual é a principal vantagem de utilizar o Pix?
O Pix permite a realização de pagamentos instantâneos, 24 horas por dia, todos os dias da semana, eliminando a necessidade de aguardar compensações bancárias e oferecendo maior conveniência aos usuários.

Como funciona o Drex e quais são suas diferenciais em relação ao real tradicional?
O Drex é a versão digital do real, que promete agilidade nas transações financeiras e a possibilidade de realizar pagamentos de forma segura e instantânea. Um de seus diferenciais é a integração com sistemas que facilitam o uso de tokens e criptoativos.

Os tokens são seguros para serem utilizados como meio de pagamento?
Sim, a segurança dos tokens é garantida por meio de tecnologia blockchain e requer regulamentação adequada por parte dos órgãos competentes, como o Banco Central, para assegurar a integridade das transações.

Quais ativos podem ser tokenizados no futuro?
Uma infinidade de ativos poderá ser tokenizada, incluindo imóveis, contratos, recebíveis e até produtos agrícolas, permitindo que sejam utilizados como formas de pagamento.

Como o BC está regulamentando o uso de criptoativos?
O Banco Central está realizando uma consulta pública para discutir novas regulamentações relacionadas a ativos virtuais, com o objetivo de criar diretrizes que garantam a segurança e a integridade das transações envolvendo criptoativos.

O que esperar do futuro dos meios de pagamento no Brasil?
O Brasil está se preparando para uma revolução financeira, com a consolidação do Pix, o advento do Drex e a adoção crescente de tokens e criptoativos. Essas mudanças prometem transformar a forma como lidamos com dinheiro e interagimos no mercado.

Conclusão

A inovação nos sistemas de pagamento é um fenômeno que está transformando rapidamente a realidade financeira do Brasil. O uso do Pix, a promessa do Drex e a possível regulamentação da tokenização de ativos trazem consigo uma onda de mudanças que proporcionará agilidade, segurança e, principalmente, acessibilidade aos serviços financeiros.

Estamos na porta de uma nova era em que nossa carteira digital não apenas armazenará dinheiro, mas uma variedade de ativos, oferecendo novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social. É momento de nos prepararmos e nos adaptarmos a essas inovações, pois a revolução financeira já está em curso, e todos nós seremos afetados por ela.