Muitos brasileiros têm recorrido ao consórcio como uma maneira de economizar dinheiro e acumular patrimônio. Em 2014, o país tinha 7,07 milhões de participantes ativos em sistemas de consórcio, número que subiu para 10,29 milhões em 2023, representando um crescimento de 45,5%, de acordo com dados da Abac (Associação Brasileira de Administradores de Consórcios).
Algumas pessoas buscam essa forma de financiamento para adquirir um ativo, como um carro, moto ou imóvel. Outros enxergam no consórcio uma oportunidade de “poupança forçada”, com a possibilidade de vender a cota e lucrar com a valorização da carta. Neste caso, não é necessário esperar ser contemplado por sorteio para fechar o negócio.
O consórcio é indicado para quem precisa financiar 100% do valor de um bem desejado e não dispõe dos recursos necessários para um financiamento tradicional, que geralmente exige um valor inicial. Além disso, pode servir como uma ferramenta de planejamento financeiro para aqueles que necessitam de disciplina para poupar dinheiro ou desejam possuir um investimento sólido para construir um patrimônio.
A atração por sorteios e lances para obter acesso ao crédito é outro fator relevante, permitindo a realização do sonho de forma econômica. Além disso, o consórcio possui apenas o custo da taxa de administração, sem a incidência de juros durante o período de acumulação.
Antes de aderir ao consórcio, é fundamental verificar se as parcelas cabem no orçamento. A inadimplência pode resultar em multas e juros, podendo levar à execução da garantia no caso de atrasos no pagamento, ou à exclusão de sorteios e lances até regularizar a situação financeira com o consórcio.
A transferência ou venda de cotas contempladas de consórcio é permitida de acordo com as regras do sistema e pode ser realizada com a assistência da administradora. Trata-se de um investimento supervisionado pelo Banco Central, onde os participantes contribuem mensalmente e concorrem a sorteios para acesso ao crédito total. Ao comprar uma cota já em andamento, as chances de contemplação são maiores.
Para evitar golpes, é essencial verificar a regularidade do consórcio junto ao Banco Central e negociar cotas contempladas somente com a mediação da administradora. A legitimação da cota deve ser confirmada diretamente com a administradora, desconfiando de valores muito abaixo do mercado ou vendas diretas sem intermédio da administradora. A participação da administradora é crucial e obrigatória para garantir a segurança da transação.
Uma das editoras do blog “Dinheiro Esquecido”. Formada em Jornalismo pela UNIP e em Rádio e TV pela UNIMONTE, tenho paixão por desvendar os segredos das finanças e economia. Aqui, oferecemos insights valiosos e dicas práticas para ajudar nossos leitores a gerenciar melhor seu dinheiro. Estamos comprometidos em tornar o mundo financeiro mais acessível e compreensível para todos.