Os brasileiros ainda não resgataram um total de R$ 8,4 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o final de maio, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) na última sexta-feira (5). Até o momento, o Sistema de Valores a Receber (SVR) conseguiu devolver R$ 7,13 bilhões, dos R$ 15,49 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.
As estatísticas do SVR são divulgadas com um atraso de dois meses. Até o final de maio, um total de 21.266.542 correntistas resgataram seus valores.
Apesar de ter ultrapassado a marca dos 21 milhões, isso representa apenas 32,27% do total de 65.896.646 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.
Dos beneficiários que já realizaram o resgate, 19.819.974 são pessoas físicas e 1.446.568 são pessoas jurídicas. Já entre aqueles que ainda não resgataram seus valores, 41.284.748 são pessoas físicas e 3.345.356 são pessoas jurídicas.
A maioria das pessoas e empresas que ainda não realizaram o saque têm direito a quantias pequenas. Os valores de até R$ 10 representam 63,6% dos beneficiários.
Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,86% dos correntistas. Já as quantias entre R$ 100,01 e R$ 1.000 representam 9,77% dos clientes. Apenas 1,77% tem direito a receber mais de R$ 1.000.
Após ficar fora de operação por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas.
No mês de maio, foram resgatados R$ 327 milhões, um aumento em relação ao mês anterior, quando o valor resgatado foi de R$ 290 milhões.
A atual fase do SVR apresenta importantes novidades, como a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento pelo WhatsApp, e a inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR.
Além disso, há uma sala de espera virtual, que permite a consulta de todos os usuários no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma baseado no ano de nascimento ou na fundação da empresa.
Outra melhoria é a possibilidade de consultar os valores de pessoas falecidas, com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. O sistema também fornece informações sobre a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor.
O SVR também engloba diversas fontes de recursos, como contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, entre outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
É importante ressaltar que o Banco Central alerta os correntistas a não caírem em golpes de estelionatários que se passam por intermediários de resgates de valores esquecidos. Todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos, o órgão não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a serem recebidos ou para confirmar dados pessoais.
A instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber é a única autorizada a contatar o cidadão. Nenhum cidadão deve fornecer senhas e não há autorização para ninguém fazer esse tipo de pedido.
Com informações da Agência Brasil.
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