O Brasil conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo feminina de 2027 pela primeira vez na história. A decisão foi anunciada pela Fifa durante a madrugada desta sexta-feira, após uma votação no Congresso da entidade realizado em Bangkok, na Tailândia. Além disso, será a primeira vez que o torneio será disputado na América do Sul, reforçando a política da Fifa de promover a diversidade entre os continentes.
“Esta é uma grande vitória para o futebol feminino em todo o mundo. Agradeço a todos os delegados que votaram a favor do futebol feminino. Quando o Brasil lançou sua candidatura, confiamos nas mulheres que desenvolveram esse projeto, que se esforçaram para cumprir os critérios estabelecidos pela Fifa. Queremos realizar a maior e melhor Copa do Mundo feminina de todos os tempos. Convido a todos a virem para o Brasil”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que também mencionou a tragédia no Rio Grande do Sul e prometeu um centro de desenvolvimento da modalidade no estado.
O argumento mais forte da candidatura brasileira foi o fato de ser o único representante da América do Sul, após a desistência da África do Sul, que nunca sediou o torneio. A inovação e a possibilidade de impulsionar o futebol feminino através deste megaevento foram fundamentais para convencer a maioria das associações durante a votação.
“A relevância disso é imensa. Na Europa, duas das últimas três edições foram realizadas lá. O momento do futebol feminino na América do Sul não é de estagnação, mas sim de progresso. Embora ainda estejamos longe do ideal, a situação é completamente diferente de quatro anos atrás. Este é o nosso momento. Na Europa, a situação já está mais avançada. Lá é apenas um evento, aqui pode ser um catalisador”, afirmou Valesca em entrevista ao “Globo” dias antes do anúncio.
A definição das cidades-sede e dos estádios já está realizada, embora a data exata do torneio ainda não tenha sido divulgada. A competição será disputada em 10 estádios espalhados pelo Brasil, incluindo o Maracanã, NeoQuímica Arena, Mineirão, Mané Garrincha, e outros. Os próximos passos serão anunciados em breve.
O Brasil apresentou uma comitiva de 20 pessoas, em sua maioria mulheres, com o intuito de convencer os representantes das associações nacionais presentes no Congresso. A candidatura contou com a participação de jogadoras brasileiras renomadas, como Formiga, Aline Pellegrino, e Kerolyn, além de autoridades do futebol brasileiro.
A campanha brasileira destacou a importância do país como anfitrião do Mundial, ressaltando a ligação intrínseca entre o futebol e a cultura brasileira. O vídeo de apresentação contou com imagens da diversidade do país, além de figuras icônicas como Pelé e Marta, representando a força feminina no esporte.
Após a divulgação do relatório final, que deu nota 4 para a candidatura brasileira, a Fifa reconheceu o potencial do país para sediar megaeventos esportivos. Durante a visita dos comissários da entidade aos estádios brasileiros, ficou evidente o apoio e a aprovação por parte dos técnicos da Fifa.
A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo feminina de 2027 foi amplamente comemorada, pois representa um marco para o futebol feminino no país e na América do Sul. A expectativa é de que o torneio seja um grande impulso para o desenvolvimento da modalidade e inspire novas gerações de atletas mulheres em todo o mundo.
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