Anbima indica que captações de empresas atingem volume mais alto do ano em setembro

As captações das empresas brasileiras no mercado de capitais atingiram o valor de R$ 57,1 milhões, o maior volume do ano, de acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Isso representa um aumento de 23,1% em comparação com setembro de 2022.

No acumulado dos primeiros nove meses de 2023, houve uma redução de 28% nos recursos captados, totalizando emissões de R$ 290,5 bilhões.

Imagem: [Crédito: Adobe Stock]

Títulos de dívidas:

As debêntures, que são títulos emitidos por empresas de capital aberto na bolsa brasileira, lideram as captações em ambos os períodos.

Em setembro, as ofertas chegaram a R$ 31,8 bilhões, o maior volume mensal de 2023. Isso representa um aumento de 46% em relação a setembro de 2022.

No acumulado do ano, o volume é de R$ 142 bilhões, uma diminuição de 30,2% em comparação com o mesmo período de 2022. Os recursos foram principalmente alocados para capital de giro (40,9%).

O setor de energia liderou as captações, com R$ 44,6 bilhões em emissões no ano. Em seguida, destacam-se os setores de transporte e logística e saneamento, com volumes de R$ 15,95 bilhões e R$ 15,7 bilhões, respectivamente.

“Aumentou também o prazo médio de vencimento das debêntures, passando de 6,1 anos nos primeiros nove meses de 2022 para 8,3 anos no mesmo período de 2023, refletindo uma maior confiança no mercado de capitais”, afirmou Cristiano Cury, coordenador da Comissão de Renda Fixa da Anbima, em nota.

Ranking de captações:

O segundo maior volume de ofertas deste ano foi de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com emissões de R$ 31,7 bilhões, um aumento de 3,5% em comparação com o mesmo período de 2022.

Os fundos imobiliários (FIIs) captaram R$ 16,4 bilhões, um aumento de 23,3% em relação a setembro do ano passado. E os Fiagros também apresentaram um aumento de 46,9% no período, totalizando R$ 7,2 bilhões.

Outro destaque foi a renda variável com a oferta subsequente de ações (follow-on) pelo sétimo mês consecutivo. Houve um aumento de 133,8% em comparação com setembro de 2022, totalizando R$ 6 bilhões.

No entanto, no acumulado do ano, as captações totalizaram R$ 29,3 bilhões, uma queda de 46,5% em relação ao mesmo período de 2022.

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